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Nutricionista formada pela Faculdade de Ciências da Saúde São Camilo desde 1988.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

GORDURA TRANS

A GORDURA TRANS -  A VILà DO CORAÇÃO




O QUE É GORDURA  TRANS?

   É um tipo de gordura produzida industrialmente a partir de um processo químico, a hidrogenação. O óleo torna-se uma gordura mais consistente e durável. Este processo de hidrogenação serve para deixar a gordura  mais sólida, fazendo com que os alimentos   fiquem mais saborosos, crocantes e com maior durabilidade.
O grande desafio  atual da indústria alimentícia é encontrar  uma alternativa mais saudável  para a gordura trans sem que os alimentos  percam suas propriedades. Isso porque a gordura trans é a gordura que mais contribui  para a formação de placas nas artérias, o  para o aumento da pressão arterial e dos riscos de infarto ou derrames.



CONHEÇA AS DIFERENÇAS ENTRE AS GORDURAS ENCONTRADAS NOS ALIMENTOS

 SATURADA -  Só existem ligações simples  entre os átomos de carbono. Há o  máximo de hidrogênio possível na cadeia. Aumenta o nível de colesterol do sangue que é depositado pela lipoproteína  LDL nos vasos sanguíneos, no cérebro e no coração. Encontrada em carnes, leite e  derivados.

INSATURADA-  Tem ligações duplas  entre seus carbonos. Aumenta os níveis da lipoproteína HDL, que tira o colesterol do sangue sem acumulá-lo nos vasos do coração.
É encontrada nos óleos vegetais, castanhas e peixes de água fria ( salmão, sardinha e truta)

TRANS -  recebe doses  extras  de hidrogênio. Diminui os índices de HDL,  e rouba  espaço do ômega 3 e ômega 6 ( gorduras vitais  que não são produzidas pelo nosso organismo. Encontrada em alimentos industrializados, sorvetes, biscoitos recheados, pipoca de microondas, salgadinhos e tudo que vai margarina em sua receita.


COMO SABER   SE UM ALIMENTO CONTÉM GORDURA TRANS?

Os dados nutricionais dos rótulos não são fáceis de serem interpretados pelos leigos. Muitas vezes são   maquiados ou até falsos. Então, o  melhor jeito do consumidor ter certeza do que está comprando é verificar no rótulo  se há margarina ou gordura hidrogenada nos ingredientes do produto.



ALIMENTOS QUE CONTÊM GORDURA HIDROGENADA
  • Biscoitos: praticamente todos, principalmente os recheados e os wafer; Chips;
  • Batata-frita: tanto as de pacote quanto as de fast-food;
  • Tortas e bolos prontos e semi-prontos (ficam bem fofos);
  • Pães, principalmente os de massa doce;
  • Pães de forma, a maioria.
  • Sorvete: a maioria, até mesmo os chamados light. O sorvete hidrogenado é
    mais espumoso;
  • Chocolate: cuidado com os diet, pois são os piores;
  • Leite: os achocolatados prontos;
  • Margarina: quanto mais dura, pior;
  • Fast-food: usam essa gordura para todas as frituras porque ficam crocantes;
  • Requeijão: os que são muito cremosos;
  • Pipoca de microondas;
  • Temperos prontos em tabletes ou em pó.

O QUE FAZER PARA EVITAR ESSAS VILÃS?

Para driblar as gordurinhas vilãs, aumente a ingestão de fibras, opte por arroz integral, verduras, frutas, aveia e cereais matinais.
Troque o leite gordo por um destanatado, evite frios e carnes gordurosas. O consumo de óleo mensal deve ser de meio litro por mês.
O azeite extra-virgem se transforma um veneno, se aquecido. O mesmo vale para óleos vegetais, a base de nozes, canola, castanhas. Outra dica importante é evitar o aquecimento dos itens que possuem gordura vegetal.
Calcula-se que de toda gordura que comemos (30% das calorias, cerca de 450 calorias diárias em média), 10% no máximo deve ser de gordura saturada (gordura animal, manteiga e gordura contida nas carnes), 10% de gordura monoinsaturada (principalmente o azeite, canola e açafrão, os chamados ômega 9) e 10% dos poliinsaturados (ômega 3: óleo de linhaça de pescado, de atum, salmão e arengue e os ômega 6: milho, soja, algodão e girassol).

O importante é não abusar do consumo de ácidos graxos poliinsaturados, pois seu excesso também é prejudicial á saúde. A diminuição do consumo de lipídios (gorduras - principalmente em dietas feitas por leigos) abaixo de 20% do valor calórico, diminui a produção de hormônios anabolizantes endógenos, o que pode diminuir a massa magra (músculo) e conseqüente provocar uma diminuição do metabolismo, levando o indivíduo a ganhar peso ao longo do tempo, ao invés de perder.

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